sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Visita de Morfeu

(alguns sonhos de 2005, 2007)



I.

Estou no sítio da minha avó. Está acontecendo uma festa na sala. Meus alunos do curso estão dançando. De repente, um homem albino passa carregando um alce. Ninguém vê, só eu. Fico assustada, mas continuo dançando. Novamente, o homem albino passa. Agora ele puxa um rinoceronte, ninguém vê. Me assusto. Mas penso que posso estar alucinada, já que ninguém estranha. Pela terceira vez, o homem passa. Agora, com um leão. O leão passa bem perto de mim, e sinto arrepios na nunca, tamanho medo. Resolvi ir lá fora ver o que está acontecendo. Saio gritando: "Você está fazendo comércio ilegal de animais!!!" Mas o que vejo é uma arca. Fico confusa. Um homem, por quem já fui apaixonada, passa e diz: “Esse cara é uma figura”.


II.

O mundo se resume à uma rua. O planeta inteiro é uma rua. Marilyn Manson foi banido do planeta, por causa das mortes que provocou. Agora ele mora num planeta distante, mas existe um CD, que se as pessoas apertarem um botão secreto, ele vem do planeta que estiver para a Terra. Alguém aperta o tal botão secreto. Ouço a música do Marilyn Manson no ar e penso "Fudeu". Em menos de segundos, ele já está na Terra, andando feito um manco. Ele se aproxima das pessoas, encosta a ponta do dedo nas costas, e a pessoa toma um choque e fica paralisada. Não sei se morrem. Saio correndo com medo. Entro no último prédio da rua e subo para a cobertura. Penso que ele nunca me achará ali. Me distraio tanto, que tomo um SUSTO terrível quando ele aparece na minha frente e encosta seu dedo nas minhas costas. Tomo um choque.



III.

Entro numa loja de posto de gasolina, do lado de fora um lindo chafariz. Pergunto aos funcionários se eles nunca entraram ali, eles respondem tímidos que não. Os preços do lugar são absurdos. O Miojo custava 80 reais. Reclamo muito e brigo com um dos donos. Jogo suco de laranja no teto. Um amiga aparece com meu celular, ligo para o meu namorado, ele me avisa alguma coisa sobre a mãe dele. Nos encontramos no sítio da minha vó. Preciso fugir de uma menina que me segue, ela quer o meu mal, desconfio que é por conta da briga do posto, mas ela não estava lá. Me escondo no banheiro da minha vó, quando vou colocar uma blusa na fechadura, dou uma olhadinha e gelo de medo ao ver de muito perto o olho verde escuro de meu bisavô.





IV.


Um cachorro morre e sou procurada pelo seu assassinato. Fantasio-me de “Minha mãe é uma sereia”. A mãe de algum amigo surge com uísque para gente. Agora estou na rua e tudo se explica. O mundo inteiro se explica, mas não sei explicar como. Mas entendo. Um homem de quem já gostei passa por mim, e eu digo baixinho: “estou com medo de surtar”. Todo o cosmos se abre, a vida mostra seu DNA. Pfff risos pra isso, mas é. Nisso, Betinho – Herbert de Souza, está no final da rua declamando um poema do Leminski. “En la lucha todas las armas son buenas...piedras, noches, poemas” Corro até ele, mas volto por algum motivo. Tudo está ligado, os postes da rua se conectam. Um espelho que ficava no alto da rua se quebra, muita luz entra, quase fico cega, mas atravesso o espelho. Acordo?




V.

Estou num avião. O Tom Jobim tem um lugar especial para ele lá atrás. Ele senta numa cadeira especial e espera as pessoas baterem fotos com ele. Como todos, me levanto do meu lugar e vou lá atrás. Ele fica feliz com a minha presença, dou um beijo no rosto dele e ele me diz alguma gracinha. Chego numa ladeira, lembra Petrópolis, uma senhora banguela diz para mim e para o meu namorado que devemos ter cuidado, nisso um tiroteio começa e a gente se esconde num apartamento muito pequeno. No meio do tiroteio ele me olha e diz que sabe que eu estive com o Tom Jobim. Eu rio do seu suposto ciúme e digo baixinho: o tom é você. 




VI. (um sonho recente)

Sonhei que eu namorava Jacyra Lucas, uma senhora que apresenta um progama de rádio AM (fui lá recentemente). Ela era maluca, chata, psicopata. Eu fugia, ia parar num apartamento no Leme, onde num quarto haviam muitas imagens de Cosme & Damião, imagens GRANDES. A Clara estava nesse quarto. Parada. Volto pra rua, um tarado tenta se aproximar e uma menina pede pra fazer um filme comigo.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vi o fime Heima no CCBB, Sigur Rós sempre me levou pr'outro lugar. Enquanto o filme passava, escrevi umas linhas. Então o som é esse.

E as palavras são essas:


água ao contrário

geiser ao contrário

gelo derretendo

sorte no cinema

criança n'água


o que quer que seja uma foca, um leão marinho


na beira da estrada todo mundo pensa: "quem mora aqui?"
QUEM MORA LÁ?


signos cruzados

legenda às vezes sobra
às vezes falta

seria legal se ele às vezes me respondesse "não sei"

um lugar isolante
um lugar isolado

as pessoas plaudem pelo som ou pelo gesto?

tudo o que for o deserto

o que quer que seja um cavalo.

i beg your pardon

ter que explicar pUesia
pro amor
é como ter que
explicar pruma criança
porque ela não é
um rinoceronte

domingo, 21 de novembro de 2010

lararirá

Park that car, drop that phone, sleep on the floor, dream about me.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Para o rei Arthrose


Eu gosto quando falta pouco pra chegar em casa. E os últimos sinais de trânsito me enchem de esperança, de quem tem ovo e pão em casa. Como se eu estivesse apertada, caganeira súbita ou xixi além da bexiga. Vai dando meu terreno, e eu vou ficando feliz demais, querendo borrifar alfazema no carro.


Eu gosto de você como quem procura um nó numa mangueira.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

paint brush lover

dolor de cabeza, no love at all.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010