sexta-feira, 10 de julho de 2015

aparentemente, julho

toda hora um susto interno. meu cabelo ficando preso na montanha russa e meu topo ficando exposto. toda hora uma espécie de contração. às vezes chego a suspirar. um homem que me empurra segundos antes do metrô passar. analiso ansiedade, mas tento não panicar achando que tudo é um aviso. se estamos perto da morte, através das notícias, canalizamos e tememos. não chega a ser medo da morte, é medo do horror. estou horrorizada com o horror. e fico tendo esses sustos. um soluço a décima potência. dói, falta ar, parece o princípio do fim da vida. se rivotralizar, não terei ao que recorrer quando entrar num avião, e eu preciso entrar em aviões, para que a vida seja recarregada, e eu me sinta minúscula, e por isso mesmo maiúscula. quando consigo dormir, melhora, tenho sonhos tão bonitos, outro dia sonhei que lia meu nome num convite, e logo após, meu nome, vinha minha profissão. e lá tinha "ovelha".