saudade de ritual. estou tentando alguns. a solidão é boa para os rituais. quando com amigos conectados, flui bem também. estou fascinada por peixes. descobri que é meu descendente na astrologia. eu que só pensava no ascendente, ignorava por completo o descendente. é peixes. são peixes. abissais, eu deliro. namorado, eu como. espada, eu luto. é minha mãe. aquela mulher maluca e linda que me emprestou a barriga quando eu precisei. que gran loucura. que gratidão. diz minha mãe que quando a gente era criança e ela ia nos buscar no colégio, geralmente eu estava numa acirrada partida de queimado pois sabia que ela ia se atrasar (ela também dava aula, só que em outro colégio), e diz dona sônia que ela entrava numas da telepatia. juntava os dedos polegar, indicador e dedo médio (das duas mãos), e pensava: "a letícia vai olhar pra mim agora". diz ela que eu olhava na hora. que nunca falhou. isso é peixes. isso é lindo. saudade de ritual.
a letícia vai olhar pra mim agora.
sábado, 30 de junho de 2012
sábado, 23 de junho de 2012
olé
romance é coisa bonita mas não basta. eu nem sabia que eu já sabia disso. ele trouxe essa informação aos poucos, pra não assustar, mas era como se eu já soubesse. só o amor não basta. é bem por aí mesmo. no dia dos namorados, ARRAM, mandam muitas entrevistinhas pra gente responder. que lugar vocês sugerem? qual o melhor presente? eu respondo porque confesso que já embarquei um pouco na demência criada em volta de tudo isso. mas eu queria dizer que meu primeiro dia dos namorados com lucas, foi bem louco. estávamos apaixonadíssimos, ultrahipermegasuper escpeculativos um com o outro. alucinados com aquela história acontecendo. e já achávamos bem podre essa coisa de "dia dos namorados". ele tinha um show na barra. lá fui eu, beber whisky de graça. saímos de lá, adocicados, e inclusive foi minha primeira inserção no mundo lisérgico dentro da cidade. eu era toda situacionista das portas abrirem, mas sempre na natureza, sempre. mas como tudo era novo, e queríamos ir contra essa fofourice do dia dos namorados, e lembrem-se que ainda assim, éramos fofos. mas fomos ser fofos, completamente alucinados, no érotika. um puteiro que tinha em copacabana. eu já tinha ido à vila mimosa com uns amigos há muito tempo. bebi, cantei em karaokê, mas era suave, porque a putaria acontecia num lugar escondido. depois fui num aniversário de 3 amigos em outro puteiro. teve strip tease, ok. mas tinham mais amigos do que homens estranhos querendo putas. esse dia realmente era um puteiro. foi bem intenso. as mulheres dançavam, se aproximavam com espuma de sabão no corpo, a gente tirava, ria, tirava, ria, tirava, bebia. depois veio uma drag queen, ou diz transformista? eu tô atrasada nessas nomenclaturas, perdão, não quero magoar ninguém. mas essa hora foi demais, porque eu quis mandar todo mundo que tenta e faz stand up comedy, inclusive eu, se fuder. porque a gente brinca de fazer piada. essa gente faz mesmo. aliás, são as pioneiras. acho que surgiu com elas. em puteiros. papo de muitos anos atrás. as mulheres deviam ter que trocar a roupa, ou ajeitar alguma coisa, daí elas entravam, homens com roupas de mulher, falando coisas hilariantes. gênias, dominadoras, controlam tudo. nunca vai dar merda perto de um ser humano assim. a não ser que você tenha uma arma e muita covardia no coração, claro. aí sempre vai dar merda. depois do puteiro, ainda fomos num bar trash de copa, o bar onde supostamente ele disse que queria ser meu namorado, isso meses antes. ou seja, ainda houve tempo para fofura. alucinada fofura. mas sim.
o amor é maravilhoso, mas é também estranho, sujo e puto. ainda assim, fofo. não tentem dividir, não tentem categorizar. dias que isso, dias que aquilo. maior caldeirada incalculável.
cada vez mais vou me afastar do quê acham.
domingo, 17 de junho de 2012
ó,ó
escrevi um texto pra revista de domingo do globo. saiu no domingo passado.
eu já tinha falado sobre o assunto, porque é um dos meus favoritos, mas desenvolvi melhor.
rolou toda uma polêmica, mas a maioria elogiou, riu e diz que refletiu sobre.
eu prefiro escrever SUVACO, mas o "correto" é sovaco.
e o título da matéria foi dado por eles.
eu prefiro escrever SUVACO, mas o "correto" é sovaco.
e o título da matéria foi dado por eles.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
!oY
meu último texto para o ornitorrinco. se você ainda não assina, tá dando mole:
RECOMPENSA
finge que hoje é terça
e que eu sou seu herói
e que minha caligrafia é tarada
e que todo pau de jacaré
é uma jóia
sexta-feira, 25 de maio de 2012
explanando
é tão óbvio, claro. sonhei que uns rapazes tomavam drogas, eu só ficava olhando, um deles pirava muito. e eu pensava "se eu der de mamar pra ele, ele vai melhorar". botava o peito pra fora, e isso não era nada erótico, e ele mamava. não sei se melhorava pois acordei.
cansada dos simulacros e das bonecas, queria um bebê de verdade. pra golfar na minha cara.
terça-feira, 8 de maio de 2012
cromolerg
ver a chuva cair. estar deitada. ver a gota vindo. achar que é cristal. achar que é neve. sentir colírio.
Oh Hilda, mil e uma noites de amor com você
Ama-me. É tempo ainda.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura.
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua prôpria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
Interroga-me.
E eu te direi que o nosso tempo é agora.
Esplêndida avidez, vasta ventura.
Porque é mais vasto o sonho que elabora
Há tanto tempo sua prôpria tessitura.
Ama-me. Embora eu te pareça
Demasiado intensa. E de aspereza.
E transitória se tu me repensas.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
terça-feira, 17 de abril de 2012
país baixo
essa imagem que tem aqui no blog eu achei um google da vida. num fffffound do universo. essas coisas. cheguei a perguntar pr'uma amiga que mora na alemanha se era alemão esse trem. era não, disse. era holandês, ela pediu ajuda pr'outra amiga, mas se perdeu. aí que agora lembrei dessa ferramenta demente que é o google translator. estava no salão e li numa revista que custa 1 real (!) sobre a história de uma doméstica da periferia de são paulo que casou com um alemão. a matéria na capa era "como um alemão me salvou da favela". veja bem, não tinha a palavra amor ou coisa do gênero. dizia que no início se comunicavam por email traduzindo tudo no google translator. claro, claro.
daí que fui traduzir as palavras da menina invocada com o arame farpado, e os corações de galinha que voam e vão embora.
quando digitei as duas primeiras palavras, já apareceu em português: "coração de atum".
putz, que foda, que coisa mais tuna-fish-in-the-kitchen-with-me.
mas o louco é que conforme fui escrevendo tudo, o "atum" desapareceu, talvez fosse literal, num contexto ele some, mas acabou que a frase ficou sentido porque uma das palavras não foi traduzida.
que vocês acham?
meu coração que é demais para o meu peito só quebra sex in Homt sua agulha
sábado, 7 de abril de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)