terça-feira, 14 de junho de 2011
solário
tem tempo que eu não pego sol. isso não significa inverno. é trabalho. pela primeira vez na vida observo a cor do meu corpo ser da cor do meu peito. no fundo-no fundo, sou branquela. nascida galega. mas minha bisavô paterna era mulata. agradeço a bocona, a crina difícil, nem tanto. sempre morei em bairro afastado do burburinho cultural, mas sempre tive piscina. sempre tive marca de biquini. quando sozinha, pegava sol nua, e o mais próximo dessa sensação é o de mergulhar nua. a água invade diretamente partes eróticas e sempre tão protegidas. e água é amor. encostando então, que amor. mas sempre fui corada, mesmo não sendo garota de ipanema. sempre tive um bronze. agora, trabalhando, produzindo o CUPRAFORA, e só me utilizo de tal expressão chula pra que meu suor seja reconhecido, ando branca, zumbi. leite condensado. o homem que me ama repara. "sua cor tá igual ao seu peito". achei bonito. posso dizer europeu? posso rir? hahahahaha. as olheiras e varizes faciais aparecem bem mais. mas a seriedade cria caule num rosto que sempre foi meu. eu, que sempre fui dada aos sorrisos, vou deixando o poder solar pro coração. não petrifico tal gelo, mas viro nobre numa levantada de queixo ao céu. eu sempre terei as férias.
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indentifiquei. muito trabalho traz a cor natural em 3 dias. a minha é beje amarelado, oriental caboclo aff. se o trabalho é bom fico feliz, mas tem uma coisa q me preocupa, a vitamina D, sabia q o sol faz alguma coisa nessa vitamina e a falta dele tb? sorte q eu tenho uma varandjenha! bisocas!
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